18/06/14
FISCALIZAÇÃO

Agente do CRTR 18ª Região
registra dificuldades para fiscalizar a profissão no Acre
Sete cidades visitadas, 2.870 km percorridos, estradas em péssimas condições e diversas irregularidades pelo caminho. Este é o cenário encontrado pela fiscal Josiane Ramos, do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 18ª Região (CRTR Acre/Rondônia), numa das rotas de fiscalização mais difíceis do Brasil.
O roteiro de Josiane passou pelas cidades de
Acrelândia, Senador Guiomard, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá e
Cruzeiro do Sul, todos distantes entre si e com rodovias em situação precária.
O percurso entre as cidades é simplesmente terrível. O que mais vi foram
estradas de terra esburacadas, relata. Além de se aventurar nas rodovias, ela
explica que precisou fazer uma travessia de balsa no Rio Madeira, o que torna a
fiscalização ainda mais cansativa.
A fiscalização numa das regiões mais periféricas
do Brasil revela que os mesmos problemas encontrados nas grandes cidades se
repetem. A não ser por uma peculiaridade. Aqui, existem muitos profissionais
que vieram de outras regiões para trabalhar e não pediram a transferência da
habilitação profissional, destaca Josiane que, além desse tipo de situação,
encontrou casos de exercício ilegal e não indicação do Supervisor de Aplicação
das Técnicas Radiológicas (SATR). Todos foram notificados e autuados na forma
da lei.
A situação não é boa, Josiane estima que apenas
15% dos serviços radiológicos que visitou estejam em condições ideiais de
funcionamento. Boa parte dos profissionais não se preocupa em saber por que o
Conselho existe. Outros, além de não pagarem as anuidades, ainda apontam os
problemas como responsabilidade exclusiva do CRTR. Entretanto, pude ver alguns
se unindo pelos direitos e lutando pelo reconhecimento da profissão, detalha a
agente.
Apesar do sorriso no rosto, como se pode ver em
algumas fotos, a fiscal do CRTR 18ª Região conta que não têm lembranças muito
agradáveis dentro do veículo e que, por mais que muita gente sinta enjoo ao se
aventurar nos rios, o percurso do automóvel foi ainda mais intenso para ela do
que o passeio de balsa, exatamente por conta dos buracos na estrada e dos
problemas no veículo. O carro não colaborou muito comigo ao longo da viagem.
Ele me deu uma boa dor de cabeça. Se somar isso ao calor na estrada de terra, a
tarefa fica ainda mais complicada. Mas, tudo deu certo no final, comemora
Josiane.
FONTE: CONTER