07/02/13
ESPORTES

COB quer oferecer recursos de telemedicina a todas as delegações em
2016
Se os planos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) se
concretizarem, o uso pulverizado da telemedicina deve ser uma das grandes
novidades das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. A implementação já foi
iniciada em Londres, somente com a delegação do Brasil.
Cada atleta brasileiro usa uma pulseira de borracha com um
código individual. Colocado em um programa de uso médico, ele mostra todos os
dados do competidor, como histórico cirúrgico e alergias, e permite um
atendimento mais rápido e personalizado. Outra novidade que está sendo testada
é a videoconferência pelo celular. A telemedicina ajuda no diagnóstico inicial
dos esportistas com alguma lesão. O próprio atleta pode usar seu celular para
mostrar o local da dor ao médico que pode estar em qualquer outro lugar.
A tecnologia mais avançada é um robô, usado pela Universidade
de Miami para tratar soldados que lutam na Guerra do Iraque, podendo ser
controlado a distância. O equipamento têm uma eficiente câmera de vídeo que
permite a equipes médicas, em diferentes partes do mundo, ajudar em um
diagnóstico.
Segundo o médico brasileiro Antonio Marttos, diretor de
Telemedicina do Centro de Trauma da universidade americana e responsável por
levar a tecnologia ao COB, o objetivo é dar o melhor atendimento aos atletas.
"Pelo robô, podemos ter imagens de radiologias, exames, ultrassonografias,
câmeras remotas, acesso a exames. São três ferramentas para dar o melhor
suporte possível aos atletas, em qualquer lugar e hora, tendo acesso aos
melhores especialistas disponíveis."
Em Londres, o robô ajudou a diagnosticar a fratura sofrida
ainda antes do início das Jogos pela ginasta Laís Souza, que acabou sendo
cortada da delegação, e também em tratamentos de outros atletas que continuam
competindo. Além da Universidade de Miami, os médicos que estão no Crystal
Palace, centro de treinamento dos atletas brasileiros, trocam informações, por
meio da telemedicina, com colegas de alguns hospitais do Rio de Janeiro.
Em 2016, o COB quer oferecer essas tecnologias às delegações
de todos os países e também aos visitantes que estarão no Brasil para os Jogos
Olímpicos. Para Antonio Marttos, esse tipo de recurso permite levar a medicina
brasileira a um nível internacional. As exigências de países são diferentes e
o atendimento pode ser na mesma língua do paciente", destacou.
Fonte: CONTER